• Fernando Barroso
    • Alimenta Bistrô

    • Catering

    • Consultoria Gastronômica
  • Gastronomia
    • Curiosidades

    • Mercadinho
  • Receitas
  • Ceará à Mesa
  • Novidades
  • Eu indico
  • Colunistas
    • Kersya Coêlho

    • Edmar Ribeiro

    • Larissa Barroso

    • Raúl Mario Malvino Madrid

    • Eveline Fonteles

    • Marco Ferrari
  • Produtos
  • Vídeos
  • Contato
  • Início
Facebook
Curta
Instagram
Siga-nos

Colunistas

Encontros em torno da mesa.

O Chef faz as honras da casa e convida referências do mundo gastronômico para compartilhar um espaço de descobertas, dicas e delícias.

  • Prato mais caro
    Uma aventura gastronômica em plena big apple

    Esta estória tem muitas décadas.

    Um abastado e severo fazendeiro do interior cearense certa tarde chamou o filho único P. e lhe disse: - Taqui a passagem (só ida) pra Nova York. E dólares para aguentar seis meses folgado. Hotel bom já tá pago. É pra baixar teu fogo por mulher e bebida e criar tino. Tua mãe já preparou a mala, vai logo hoje à noite, que o voo de Fortaleza é amanhã cedo. O Padim te dê vergonha!”.

    Tudo aconteceu muito rápido. Só conhecia Fortaleza e seus prazeres; de repente, estava num hotel de luxo em plena Nova York. De inglês, só good-morning, please e beer.  Chegando depois do almoço, tratou de dormir.
    No jantar, desceu para o amplo salão. Por gestos, pediu o cardápio. Sinalizou ao garçom tempo pra escolher. Que nada. Como, se tudo em inglês? E não tinha fotos!  Girou a cabeça e falou “boa-tarde!” a média voz, pra saber se havia algum brasileiro no ambiente. Nada.

    A fome subindo e crescendo, e o desespero trouxe-lhe uma ideia. Dinheiro farto tinha, então escolheria o prato mais caro, que, por seu entendimento deveria ser o mais sofisticado e, consequentemente era para ser o melhor.
    Acenou para o garçom e apontou para o item de maior preço (aliás, caríssimo). Como resposta entendeu que ia demorar o preparo. Ele fez OK com a mão. Pra enganar a fome descomunal, pediu cerveja. O tempo aumentando a fome!

    Enfim, ei-lo: num prato enorme, jazia um monte coberto de verduras verdes (algumas reconheceu, outras não), cujo cimo tinha uma abertura onde reluzia uma ondulada carne avermelhada e tostada.
    Imaginou que deveria ser uma espécie fantástica de carne de animais de outras plagas. Só conhecia e apreciava as do Nordeste.

    Cortou uma lasca do lombo visível, e percebeu que estava quase cru, o sangue em salmoura sobrenadando. Juntou o naco às várias folhas e começou o repasto. Estranhou o sabor da carne e o tempo que teve para mastigá-la, resistente à trituração.

    Só resistiu a dois escorregadios pedaços e completou a fome com as folhas. Ao mastigá-las, ruminava a raiva olhando para a carne e para o preço exorbitante. Junto a este sentimento veio a curiosidade: qual animal a fornecera e por que tão alto preço.

    Antes do pagamento, viu chegar alguns animados mexicanos. Fez-lhes sinal e, ao aproximar-se de um, apontou o prato e no cardápio seu nome, e arriscou em portunhol: - O que puede ser isto? E por que tanto dinero?”.
    O mexicano explicou, após troca de muitos gestos e portunhóis afora: o prato era composto por um Muçum inteiro tostado, mal passado (preservada a salmoura) acompanhado por ervas exóticas. O preço era porque o animal havia sido importado da Amazônia.
     

    Por: Edmar Ribeiro

    Tags: nova iorque, aventura, colunistas, crônica
    • Fernando Barroso
      • Alimenta Bistrô

      • Catering

      • Consultoria Gastronômica
    • Gastronomia
      • Curiosidades

      • Mercadinho
    • Receitas
    • Ceará à Mesa
    • Novidades
    • Eu indico
    • Colunistas
      • Kersya Coêlho

      • Edmar Ribeiro

      • Larissa Barroso

      • Raúl Mario Malvino Madrid

      • Eveline Fonteles

      • Marco Ferrari
    • Produtos
    • Vídeos
  • Facebook
  • Twitter
  • Instagram
© 2013 Fernando Barroso - Todos os Direitos Reservados