A alta tecnologia já utilizada em vinícolas do Novo Mundo – Nova Zelândia, Estados Unidos, Chile e Argentina – está trazendo para o semiárido nordestino um cenário há poucos anos inimaginável: a produção de vinhos de excelente qualidade.
A Viticultura no Vale do Rio São Franscisco teve início na década de 50 do século passado e cresceu assombrosamente desde então. Mas somente no início da década de 80, iniciou-se o cultivo da uva para vinhos.
A região seca e ensolarada ofereceu condições singulares para a vinicultura. O que parecia defeito se mostrou virtude. Com sol quente o ano inteiro, as videiras do São Francisco não hibernam. Estão em atividade constante. Chega-se a ter 2 ou 3 safras ao ano, permitindo uma produtividade muito maior que nas áreas tradicionais de produção de vinho, aonde há somente uma safra. Hoje em dia, 15% dos vinhos brasileiros são provenientes do Vale do São Francisco. Mas o melhor é que, levando ao mundo um conceito inovador de um vinho tropical, as vinícolas do Velho Chico estão criando uma marca para enologia brasileira, enquanto geram empregos, riquezas e oportunidades numa região antes considerada pouco apta ao desenvolvimento.
E tudo isso se deu graças à pesquisa e à tecnologia na qual é possível vislumbrar o terroir e saber a relação da uva nos seus melhores climas. Entre as uvas boas para a região do São Francisco está, por exemplo, a moscatel. Jovem, com uma excelente concentração de açúcar, a moscato do São Francisco tem rendido vinhos licorosos de sobremesa e muitos bons espumantes tipo moscatel (do
ces e pouco alcoólicos).
Entre os espumantes tipo moscatel, eu e meu amigo
Marco Ferrari, destacamos o Rio Sol Moscatel, medalha de ouro no Concurso Nacional de Espumantes de 2011. Um vinho perfeito para ser saboreado no calor das transformações do sertão nordestino.
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