AS AVES FAZEM PARTE DE ANTIGAS E NOVAS TRADIÇÕES DA CEIA BRASILEIRA. Quer conhecer um pouco mais sobre e como elas conquistaram um lugar na mesa natalina? Contamos um pouco da história do peru e do frango tipo «chester». E, para completar, damos dicas de padarias onde pedir a sua ave de natal já prontinha para servir.
O PERU DE SEMPRE
«
Sendo, pois o peru, o rei das festas recebe ele, com meses de antecedência, tratamento especial. Primeiro a escolha. Há que ser um peru novo, mas já no seu tamanho máximo de crescimento: papo amplo, coxas grossas, muita carne no peito», escreveu Raquel de Queiroz em seu «Não Me Deixes - Suas Histórias e sua cozinha».
Símbolo da abundância, o peru foi introduzido em terras brasileiras através dos europeus que, por sua vez, aprenderam a riqueza da ave com os astecas, no México.
«Foi ao longo do século XVI que a Europa descobriu essa ave, um pouco estranha, que foi chamada de "galinha da Índia", pois muita gente ainda confundia a América com as Índias Ocidentais. Os jesuítas a introduziram como prato em seus colégios religiosos. A Inglaterra tomou conhecimento da ave em 1525, sendo que rapidamente constituiu-se no prato principal da ceia de natal entre alguns países europeus, e somente após na América do Norte. Para Brillat Savarin, o peru foi um dos mais belos presentes que o Novo Mundo ofereceu ao velho Continente. Em meados do século XIX o peru, praticamente, substituiu o cisne como ave de natal na Inglaterra, popularizando-se definitivamente.» (
Fonte).
O FRANGO DE BANQUETE
A história do superfrango com peitões e grandes coxas começou no Brasil no final da década de 70 e início de 80. Coube um executivo da Perdigão, Saul Brandalise Jr., a missão de criar uma alternativa para o peru de Natal da concorrente Sadia (isso antes de imaginar que virariam a mesma empresa). Como conta a revista Super Interessante, «
Brandalise enviou aos EUA dois técnicos, que voltaram com 11 linhagens de uma galinha escocesa. Elas foram direto para a avícola Passo da Felicidade, em Tangará, no interior catarinense. A granja ficava no meio de uma reserva de araucárias, protegendo as aves de contaminação e garantindo sigilo. Em 1982, após 3 anos de desenvolvimento, surgiu no mercado o Chester – marca registrada que vem do inglês chest ("peito"). Anos depois, apareceu o "Chester da Sadia", o Fiesta, outro superfrango». Outras marcas também possuem o frango especial para o natal.
Na parceira Granja Regina, é chamado de Banquete, com referência direta à tradição das grandes ceias. O que faz deste frango maior e com carne de melhor qualidade é, simplesmente, genética e boa alimentação.
O CAPOTE DA GENTE
Surpreenda com um CAPOTE na ceia de natal. Como coadjuvante ou como protagonista vai dar um ar
gourmand na sua mesa. Afinal o capote é a ave com
terroir do nordeste. Muito delicada ao mesmo tempo muito marcante. Para não ter trabalho, a dica é encomendar o capote do
CHEF Valdir no Restaurante Tilápia.
DICAS DE CEIA SEM TRABALHEIRA
Para quem não quer trabalho uma boa dica é encomendar a ave de natal já pronta, assada, com guarnição de farofa e decoração. Aqui vão algumas dicas:
Panificadora Nogueira
Rua Padre Pedro de Alencar, 244
85 3276-6061
O Peru de Natal deles tem mais ou menos 5Kg e vem decorado com frutas, fio de ovos e farofa.
R$ 279,90
Montmarttre
Av. Julio Abreu, 175
85 3267-8694
O Peru de Natal deles tem 7Kg e vem decorado com farofa e fio de ovos.
R$ 395,00
Empório Delitália
Av. Desembargador Moreira, 533
85 3133-5000
O Peru de Natal deles vem decorado com frutas. Farofa seria a parte.
R$ 66,00 por Kg
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