Já é uma espécie de clichê gastronômico: para sentir o verdadeiro gosto de um local a gente tem que se jogar na comida que é vendida na rua. O fish&chips de Londres, o crepe de Paris, as bifanas portuguesas, os bocadillos na Espanha, os burritos mexicanos, o tacacá no Pará, o acarajé da Bahia, a macaxeira com charque de Recife, o nosso “pratinho” aqui no Ceará. Mas o que seria apenas uma viagem do paladar, muitas vezes toma ares de verdadeira aventura. Afinal, como se poderá saber de que forma o alimento foi preparado, se seus processos levaram em conta a higiene e a saúde? É aí que vem entrando em ação uma nova proposta de “comida de rua” (ou “street food”, como têm preferido chamar algumas pessoas).
Cada vez mais comer na rua é sinônimo de comer bem – com alimentos preparados e servidos com carinho, cuidado e segurança – pagando pouco. E há dois pontos complementares da nova cara da comida de rua.
Em grandes metrópoles como Londres, Nova Iorque, São Franscisco, Chicago, virou moda ver versões “street” de restaurantes bacanas e propostas de comidinhas gourmet vendidas em barracas ou carros adaptados. Nos Estados Unidos, este conceito de “street food” já se encontra consolidado. Para se ter ideia, o segmento de “truck food” – os carros adaptados para venda de comida – é o que mais cresce no setor alimentício. Só este ano, há previsão de faturamento na casa dos 680 milhões de dólares.
No Brasil a transformação tem se visto também na preocupação crescente dos tradicionais vendedores de rua em melhorar o serviço que oferecem. E isso ganha força com a tomada de atitude de prefeituras que, através de universidades e orgãos como o Sesi e Senai, estão qualificando e regularizando a atividade dos comerciantes ambulantes de comida.
Qualificação e Regulamentação
O projeto do SESI/SENAI denomiado “Comida de Rua” foi lançado este ano em Fortaleza com apoio da Prefeitura. Tal como em outras cidades brasileiras, o objetivo aqui é capacitar microempreendedores individuais tanto na parte de segurança alimentar e bons processos, quanto na parte de gestão do negócio e controle financeiro.
O Formato "Street Food" no Brasil
Com a regulamentação da comida de rua, São Paulo tem sido um dos grandes promotores da proposta de vender comida gourmet em barracas e carrinhos. O
Butantan Food Park é um parque de alimentação a céu aberto que oferece as mais variadas opções. Iniciativas e eventos neste molde têm se espalhado por todo o Brasil. Em Fortaleza, houve um ensaio do formato durante o Dragão Fashion, com a curadoria do chef Fernando Barroso.
Leia a matéria sobre o evento e dê sua opinião: você acha que o formato funciona para Fortaleza? Onde seria legal ver um novo evento "Street Food" na cidade?
|Fontes e Informações|
Comida de Rua SESI| SENAC
TRIBUNA DO CEARÁ
FOLHA UOLTags:
street food, gastronomia e hospitalidade, dragão fashion, curadoria